Como os Prompts transformam a Avaliação Formativa

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Autor: Luis Marcelo Ortiz Contreras

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A avaliação formativa, entendida como uma ferramenta que monitoriza e apoia a aprendizagem, está bem enraizada na educação contemporânea. A sua essência reside na obtenção e interpretação de provas do desempenho dos alunos durante o processo educativo, permitindo decisões pedagógicas informadas que optimizam a aprendizagem em tempo real. Ao contrário da avaliação sumativa, que mede a aprendizagem no final de uma unidade, a avaliação formativa está continuamente integrada, sendo por vezes indistinguível do próprio ensino. Neste cenário, a tecnologia de prompts, impulsionada pela inteligência artificial, surge como um facilitador desta avaliação. Estes prompts funcionam como guias que estruturam o pensamento, facilitando a autoavaliação e a reflexão. A sua aplicação permite um feedback imediato e personalizado, enriquecendo a interação professor-aluno. Este feedback, juntamente com a adaptabilidade do ensino com base nas evidências recolhidas, é essencial para que os alunos compreendam e avancem nas suas trajectórias de aprendizagem.

A avaliação educativa, na sua essência, procura ser abrangente, contínua, sistemática, participativa e flexível, considerando todas as dimensões do aluno e do ambiente em que se desenvolve. As práticas pedagógicas, como descreve Zaccagnini (2008), são mediações entre o educador e o educando, gerando situações educacionais complexas que exigem uma pedagogia bem definida. Paulo Freire e Chevallard enfatizam a importância de se considerar o conhecimento cultural e a capacidade do professor de transformar o conhecimento em algo ensinável. Neste contexto, os prompts, impulsionados pela inteligência artificial, surgem como ferramentas revolucionárias que potenciam e enriquecem estas características e práticas pedagógicas. Ao fornecerem estímulos estruturados e direccionados, os prompts facilitam a reflexão, a autoavaliação e a adaptabilidade, enriquecendo a interação educativa e maximizando as hipóteses de sucesso de cada aluno. É neste quadro de inovação e melhoria contínua que apresento quatro elementos orientadores, concebidos para abordar e melhorar cada aspeto da avaliação formativa, garantindo que os alunos estão ativamente empenhados, compreendem a matéria e estão preparados para passar ao nível ou tópico seguinte.

Envolver os alunos no processo de avaliação:

A avaliação formativa não é apenas uma ferramenta para o professor, mas também para o aluno. Ao compreenderem o objetivo da avaliação, os alunos podem assumir um papel ativo na sua aprendizagem, reflectindo sobre os seus pontos fortes e áreas a melhorar.
Podem ser utilizadas sugestões para orientar os alunos na autoavaliação, ajudando-os a identificar e a refletir sobre os seus próprios erros e êxitos.
Prompt geral: “Agindo como professor de [Disciplina], crie uma atividade para [Nível] que motive os alunos a [ação] sobre o tópico [Conteúdo], permitindo-lhes identificar os seus pontos fortes e áreas de melhoria.”

Exemplos:

  • Na qualidade de professor de Matemática, criar uma atividade para o 7º ano que motive os alunos a resolver problemas sobre o tema Álgebra, permitindo-lhes identificar os seus pontos fortes e áreas de melhoria.
  • Enquanto professor de História, crie uma atividade para o 8º ano que motive os alunos a discutir o tema Revolução Industrial, permitindo-lhes identificar os seus pontos fortes e áreas de melhoria.

Utilizar uma variedade de técnicas e instrumentos de avaliação:

Cada estudante tem um estilo de aprendizagem único, e o que funciona para um pode não funcionar para outro. Ao utilizar uma variedade de técnicas, é possível obter uma imagem mais completa e exacta da aprendizagem de cada aluno.
As perguntas podem ser concebidas para diferentes tipos de avaliações, desde testes escritos a apresentações orais e projectos de grupo.


Prompt geral: “Como professor de [Disciplina] no [Nível], conceba uma atividade que utilize [Técnica/Instrumento de Avaliação] para avaliar [Conteúdo]. Não se esqueça de considerar as diferentes formas em que os alunos podem demonstrar a sua compreensão.”

  • Exemplo 1: “Como professor de Matemática do 7º ano, conceba uma atividade que utilize “mapas conceptuais” para avaliar as “propriedades dos números inteiros”. Não se esqueça de considerar as diferentes formas como os alunos podem demonstrar a sua compreensão.”
  • Exemplo 2: “Enquanto professor de Arte do 2º ano, conceba uma atividade que utilize “portefólios de trabalho” para avaliar “movimentos artísticos do século XX”. Não se esqueça de considerar as diferentes técnicas, estilos e contextos históricos que os alunos podem incorporar nas suas criações.”

Fornecer feedback atempado e específico:

O feedback é mais eficaz quando é dado logo após a atividade de aprendizagem. Isto permite que os alunos actuem sobre o feedback enquanto a matéria está fresca na sua mente.

Os prompts podem ser utilizados para gerar feedback automático e específico com base nas respostas dos alunos, fornecendo orientação imediata e direccionada.
Sugestão geral: “Como professor de [Disciplina] no [Nível], desenvolva um feedback específico para um aluno que tenha demonstrado [Erro/Conceito mal compreendido] em [Conteúdo]. Pense em como o pode orientar para uma melhor compreensão.”

  • Exemplo 1: “Como professor de Ciências no 6º ano, elabore um feedback específico para um aluno que demonstrou “confusão entre mitose e meiose” em “processos celulares”. Pense em como o pode orientar para uma melhor compreensão.”
  • Exemplo 2: “Enquanto professor de Línguas no I° Medio, elabore um feedback específico para um aluno que tenha demonstrado “dificuldades em identificar figuras literárias” em “análise de textos literários”. Pense na forma como o pode orientar para uma melhor compreensão.”

Adaptar o ensino às informações obtidas:


A avaliação formativa não é um fim em si mesmo, mas um instrumento para melhorar o ensino e a aprendizagem. As informações obtidas devem ser utilizadas para adaptar e personalizar o ensino de acordo com as necessidades dos alunos.
Podem ser utilizadas pistas para orientar os professores na adaptação do seu ensino, sugerindo actividades ou recursos com base no desempenho dos alunos.

Prompt geral: “Como professor de [disciplina] em [nível], depois de observar que vários alunos têm dificuldades com [conceito/área problemática] em [conteúdo], planeie uma atividade ou estratégia para reforçar esse conceito e facilitar a sua compreensão.”

  • Exemplo 1: “Como professor de Geografia no 8º ano, depois de observar que vários alunos têm dificuldades em ‘interpretar mapas topográficos’ em ‘geografia física’, planeie uma atividade ou estratégia para reforçar esse conceito e facilitar a sua compreensão.”
  • Exemplo 2: “Como professor de Artes no 7º ano, depois de observar que vários alunos têm dificuldades com a ‘perspetiva no desenho’ em ‘técnicas de representação’, planear uma atividade ou estratégia para reforçar esse conceito e facilitar a sua compreensão.”

Segue-se uma lista de acções e uma lista de técnicas e ferramentas.


Lista de acções que podem ser envolvidas no processo de avaliação formativa

  • Analisar: Examinar cuidadosamente um tópico ou conceito para compreender os seus componentes e relações.
  • Resolver: Confrontar e resolver problemas ou desafios específicos.
  • Debater: Discutir uma questão a partir de diferentes perspectivas, incentivando o pensamento crítico.
  • Investigar: Procurar e recolher informações sobre um tópico específico.
  • Conceber: Criar ou planear algo de acordo com determinados critérios ou especificações.
  • Comparar: Examinar as semelhanças e diferenças entre dois ou mais elementos.
  • Elaborar: Produzir ou construir algo com base em informações ou instruções dadas.
  • Interpretar: Explicar ou dar sentido a informações ou dados específicos.
  • Argumentar: Apresentar razões ou provas em apoio de uma ideia ou ponto de vista.
  • Refletir: Pensar profundamente ou ponderar cuidadosamente sobre um tópico específico.
  • Sintetizar: Resumir ou condensar informação de várias fontes numa apresentação coerente.
  • Avaliar: Julgar ou determinar o valor, a importância ou a qualidade de algo.
  • Aplicar: Utilizar informações ou competências numa situação nova ou prática.
  • Experimentar: Testar ou explorar conceitos num ambiente controlado.
  • Relacionar: Ligar ideias ou conceitos entre si ou a experiências anteriores.

Lista de técnicas e instrumentos de avaliação habitualmente utilizados no contexto educativo.

  • Testes escritos: Avaliações que os alunos realizam por escrito, que podem incluir perguntas de escolha múltipla, verdadeiro/falso, resposta curta, ensaio e outras.
  • Observação direta: O professor observa e regista o comportamento, as competências ou as atitudes dos alunos durante uma atividade ou tarefa.
  • Portfolio: Coleção de trabalhos, projectos e outros materiais que os alunos criaram ao longo do tempo.
  • Apresentações orais: Os alunos apresentam um tópico ou projeto perante a turma ou um grupo.
  • Projectos: Tarefas extensas que exigem que os alunos apliquem uma variedade de competências e conhecimentos para serem concluídas.
  • Mapas conceptuais: Representações gráficas de ideias ou conceitos e das suas inter-relações.
  • Debates: discussões estruturadas em que os alunos defendem ou argumentam diferentes pontos de vista sobre um tópico.
  • Diários de aprendizagem: Registos escritos em que os alunos reflectem sobre a sua aprendizagem, experiências e progressos.
  • Auto-avaliações: Os alunos avaliam o seu próprio trabalho ou desempenho.
  • Co-avaliações: Os alunos avaliam o trabalho ou o desempenho dos seus colegas.
  • Entrevistas: Conversas estruturadas entre professor e aluno para explorar a compreensão do aluno sobre um tópico.
  • Simulações: Actividades que imitam situações da vida real e permitem aos alunos demonstrar competências práticas.
  • Rubricas: Ferramentas de avaliação que detalham critérios específicos para avaliar níveis de desempenho numa tarefa ou atividade.
  • Listas de verificação: Listas de verificação que detalham uma série de itens ou comportamentos que o professor procura durante uma atividade ou tarefa.
  • Registos anedóticos: breves notas tomadas pelo professor sobre incidentes específicos relacionados com a aprendizagem ou o comportamento de um aluno.

Referências 📌:
🔸 A avaliação formativa como ferramenta na melhoria do processo de ensino e aprendizagem https://www.eumed.net/rev/atlante/2019/08/evaluacion-formativa-herramienta.html
🔸 Avaliação formativa na sala de aula https://bibliotecadigital.mineduc.cl/bitstream/handle/20.500.12365/17448/ORIENTACIONES_EVAL_FORMATIVA_DOCENTES.pdf
🔸 Este artigo foi desenvolvido com o auxílio e apoio do ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial da OpenAI.

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